Origem:
A uva de mesa “Dona Maria”, casta 100% nacional criada e obtida nos anos 50 na antiga Estação Agronómica Nacional, em Oeiras, pelo engenheiro-agrónomo Leão Ferreira de Almeida, vem decrescendo ano após ano como resultado do desinteresse e abandono por parte dos agricultores.
É uma uva muito doce, com bagos grandes e apreciada pelos portugueses que sentem cada vez mais dificuldades em encontrá-la no mercado. No intuito de valorizar e consumir o que é nacional, a uva “Dona Maria” é uma excelente opção para o consumo em fresco ou na forma de passa.

Cacho:
O cacho é de medio a grande, cónico, às vezes alado e semi compacto.

Bagos:
O bago apresenta uma cor de verde claro a verde amarelado.
A forma do bago é elíptico-ovóide.
O calibre medio dos bagos é de medio a grande, entre 20-23 mm.
O seu sabor é neutro, ligeiramente aromático. º Brix: 15-18.
A polpa é crocante.
A pele do bago é grossa, consistente e algo pruinosa.
Sementes: Partenocárpica (sem sementes). Não apresenta sementes.
Cepas:
Fertilidade: Baixa.
Produção: Media.
Vigor: Muito alto.

Fenologia:
As datas indicadas podem variar segundo a zona de cultivo.
É uma variedade de ciclo curto e estação muito precoce.
Data Brotação: 2 de março.
Data Floração: 3 de maio.
Data Coloração: 23 de junho.
Data Maturação: 24 de julho.
Data queda da folha: 10 de novembro.
Data de colheita: final de Junho ao 15 de Agosto.
(Valores méramente indicativos, depentes dos locais deplantação)

Características agronómicas e adaptação ao meio:
Adapta-se bem à condução em parreira com marcos amplos e a conduções em espaldar.
O tipo de poda recomendado é uma poda longa a muito longa.
É sensível à fertilização excessiva e a carências de zinco e ferro.
Muito sensível ao oídio.
O seu principal uso é o consumo em fresco como uva de mesa, mas também se utiliza na indústria para a elaboração de sumos, saladas de fruta, conservas e passas.
Apresenta uma boa conservação frigorífica e resistência ao transporte.